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Saúde
Segunda, 23 de setembro de 2013, 12h27

Pesquisa analisa relação entre genética e efeitos do exercício


Trabalho foi selecionado para a fase final do Prêmio Pemberton

Trabalho de Carlos Sponton, que integra seu doutorado no Instituto de Biociências da Unesp de Rio Claro, como auxílio financeiro da Fapesp, foi selecionado para a fase final do Prêmio Pemberton na categoria Pesquisa Aplicada.

Basicamente a pesquisa teve como objetivo analisar como um fator genético (polimorfismo da posição intron 4 do gene NOS3) é capaz de atenuar os efeitos benéficos do exercício físico sobre o sistema cardiovascular (vasos e coração) em sujeitos com síndrome metabólica (associação de um conjunto de fatores como hipertensão arterial, dislipidemia, obesidade abdominal e resistência a insulina/diabetes).

Foram avaliados 86 voluntários (homens e mulheres) que foram submetidos ao treinamento físico aeróbio por 2 meses (3 vezes por semana, num total de 24 sessões de exercício).

Em geral, conforme esperado, foi verificado que o treinamento físico aeróbio foi eficaz em promover benefícios para o sistema cardiovascular. Entretanto, quando o grupo foi subdividido com base na análise genética para o polimorfismo mencionado, verificou-se que os voluntários que apresentavam essa alteração genética tinham uma ‘reduzida’ ou mesmo ‘abolida’ resposta benéfica do treinamento físico sobre o sistema cardiovascular independente da síndrome metabólica.

Dessa forma, confirmou-se a hipótese de que esse polimorfismo poderia negativamente modular a resposta cardiovascular frente ao treinamento físico aeróbio.

Para justificar esses dados, foram realizadas análises cardiovasculares, como pressão arterial de repouso, pressão arterial ambulatorial de 24h, frequência cardíaca de repouso e variabilidade da FC.

Além disso, para tentar entender os mecanismos moleculares relacionados a essa resposta, foram verificados os marcadores bioquímicos para o estresse oxidativo e metabólitos da produção do óxido nítrico (importante vasodilatador produzido pelas artérias), além obviamente das análises genéticas para a região de interesse.

Prêmio Pemberton
O trabalho de Sponton foi desenvolvido no Laboratório de Fisiologia Cardiovascular e Atividade Física do Departamento de Educação Física do Instituto de Biociências (IB) da Unesp de Rio Claro, coordenado por Angelina Zanesco, e aprovado para a fase final do Prêmio Pemberton.

O Prêmio Pemberton é uma iniciativa da Coca-Cola Brasil voltada a profissionais, instituições de pesquisa e universidades, nas diferentes áreas da Saúde e afins: Medicina, Educação Física, Nutrição, Biologia, Engenharia de Alimentos. Seu objetivo é incentivar pesquisas científicas com foco em bem-estar e nos requisitos para uma vida saudável, tais como os benefícios da alimentação equilibrada, da hidratação e da prática de exercícios físicos.

A iniciativa conta com o apoio da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica),SBAN (Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição) e ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia).

Na categoria Pesquisa Básica (trabalhos com Animais), foi classificada MARIA ANDRÉIA DELBIN, que realiza pós-doutorado com apoio da Fapesp e é Jovem Pesquisadora da Unesp. Atualmente leciona Fisiologia na Unicamp.

A pesquisa de Sponton foi classificada na categoria Pesquisa Aplicada (trabalhos com Seres Humanos). 




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