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Agro
Terça, 17 de junho de 2014, 11h17

Empresas que atendem ao segmento se adaptam às mudanças


Foto: Biro Curado

O setor madeireiro responde atualmente por cerca de 30 % da economia local, acompanhado pelo segmento de prestação de serviços com a mesma média (30%). A fatia do agronegócio aparece na frente, sendo responsável por 40% do giro econômico em Sinop (MT).

Até o final da década de 90, o cenário era diferente, já que o setor madeireiro era a principal base da economia do município. Atualmente o segmento busca novas vias e se reinventa para acompanhar o constante crescimento da agropecuária na região. Na mesma linha seguem as empresas que atendem a esse mercado, como afirma o gerente geral da Rochemback, Luís Ernani Allgayer.

“Com as mudanças tivemos que nos adaptar. Antigamente vendíamos apenas maquinário pesado, hoje temos motosserras e equipamentos menores. O setor teve um recuo, mesmo assim, Mato Grosso ainda é o terceiro maior produtor de madeira do Brasil e isso merece nossa atenção”, destacou Allgayer.

A Comagran também se adaptou ao mercado. Antes a empresa tinha como base do seu faturamento a venda de ferramentas e maquinários voltados ao setor madeireiro, como afirma o gerente Altair Chamorro.

“Com o avanço da agropecuária na região, com destaque para a agricultura, tivemos que nos adaptar a um novo mercado. A empresa sentiu a necessidade de oferecer novos produtos e acompanhar essa mudança, que ainda atende ao segmento das madeireiras, mas vai além dele”, declarou Chamorro.

De acordo com o consultor associativo do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmad), Alexandre Zancan, o motivo para o recuo das atividades do setor no estado se deve a burocracia para a aprovação de manejos florestais.

"Mesmo com toda a burocracia, a madeira ainda é viável. Infelizmente tem projeto que demora oito anos para ser aprovado mas a partir dele o empresário consegue obter lucro por até cinco anos", observou Zancan.

A divisão de mercado com os setores de prestação de serviços e agropecuário é visível em eventos como a Exponop. Segundo o membro da Comissão de Terrenos, da Associação dos Criadores do Norte de Mato Grosso (Acrinorte), Flavio Bonato, na última década houve uma queda de 50% na procura de terrenos pelo setor madeireiro. No mesmo período, a presença do segmento agrícola aumentou em 100%.

"Essa redução é compreensível porque a região aos poucos deixa de ser extrativista e passa a ser produtora, o que não desmerece o segmento madeireiro. Se não fosse esse tipo de indústria Sinop seria uma pequena cidade, com pequenas propriedades rurais a sua volta como era o projeto inicial. Foram os lucros e impostos gerados pelas madeireiras que nos colocaram em um novo patamar", acrescentou Bonato.




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