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Agro
Sexta, 17 de março de 2017, 20h28

Movimento Nacional de Produtores condena 'ações criminosas' dentro dos frigoríficos


Alberto Romeu
Redação


A operação da Polícia Federal deflagrada na manhã de hoje denominada Carne Fraca, que descobriu que os frigoríficos envolvidos no esquema criminoso "maquiavam" carnes vencidas com ácido ascórbico e as reembalavam para conseguir vendê-las provocou manifesto do Movimento Nacional de Produtores que classificou como 'ações criminosas dentro dos frigoríficos" os esquemas apontados nas investigações.  

Conforme a PF, as empresas subornavam fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para que autorizassem a comercialização do produto sem a devida fiscalização. A carne imprópria para consumo era destinada tanto ao mercado interno quanto para exportação. 

“Tudo isso nos mostra que o que interessa a esses grupos corporativos na área alimentícia é, realmente, um mercado independente da saúde pública, independente da coletividade, da quantidade de doenças e da quantidade de situações prejudiciais que isso [a prática criminosa] causa”, afirmou o delegado federal Maurício Moscardi Grillo, em entrevista coletiva no final da manhã, na sede da Polícia Federal em Curitiba.

Algumas das maiores empresas do ramo alimentício do país estão na mira da operação, entre as quais a JBS, dona de marcas como Big Frango e Seara, e a BRF, detentora das marcas Sadia e Perdigão. A Justiça Federal no Paraná (JFPR) determinou o bloqueio de R$ 1 bilhão das empresas investigadas, que também são alvo de parte dos mandados de prisão preventiva, condução coercitiva e busca e apreensão expedidos pela 14ª Vara Federal de Curitiba. Moscardi disse, ainda, que parte do dinheiro pago aos agentes públicos abastecia o PMDB e o PP. 

Confira a Nota Oficial MNP sobre Operação Carne Fraca

"O Movimento Nacional do Produtores – MNP apresenta a insatisfação dos pecuaristas brasileiros diante das ações criminosas cometidas e constatadas dentro dos frigoríficos. A entidade apoia e parabeniza a ação da Polícia Federal, em defesa da qualidade do produto comercializado pela indústria e em defesa do consumidor, que coloca sua saúde em risco e sai com danos econômicos. As investigações integram a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, ocorrida nesta sexta-feira (17).

A comercialização de carnes no mercado interno e externo são fundamentais para economia nacional. Esse fator coloca em cheque não só a credibilidade das unidades frigoríficas, mas todo o trabalho desenvolvido da porteira para dentro, uma vez que o crime desta proporção pode fechar mercados internacionais, e até diminuir os índices de consumo de carne.

Operação da PF combate esquema de 'maquiagem' de carne vencida e suborno de fiscais de ministério

É com preocupação e indignação que os produtores rurais brasileiros, em especial, de Mato Grosso do Sul, que possuem reconhecimento pela qualidade crescente a cada safra, avaliam a situação e repudiam os envolvidos.

Caso confirmada a participação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), além de uma crise econômica no setor, o cenário se desenvolverá para uma grande crise institucional, uma vez que, nós, pecuaristas, já insatisfeitos com a precificação e desvalorização dos animais, passaremos a ser mais atentos e fiscais dos produtos que nós prezamos por produzir.

Vincular a imagem do produtor rural, que investe em tecnologia e Boas Práticas Agropecuárias, para produzir alimentos é uma preocupação, que só não é maior que os danos conferidos aos consumidores da proteína animal, vencida e mascarada pelos frigoríficos, e à proporção de perdas econômicas que isso poderá gerar para a nação brasileira".

Presidente do MNP
Rafael Gratão




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