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Agro
Quarta, 23 de agosto de 2017, 07h54

Curadores de Recursos Genéticos são treinados para qualificar dados nos BAGs


Na sexta-feira, 18 de agosto, foram encerradas na Embrapa Clima Temperado (Pelotas,RS) as atividades do Treinamento Funcionalidades e Uso dos Sistemas Alelo — Microrganismo e Vegetal para qualificar o processo de documentação dos recursos genéticos para pesquisa na Agricultura, ministrado por pesquisadores, programadores e analistas da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília, DF). No dia 15, o treinamento foi aberto com a realização do Seminário Vertente Vegetal do Portfólio Gestão Estratégica de Recursos Genéticos para Alimentação, Agricultura e Bioindústria (Regen). Nesse Seminário foram proferidas palestras pela pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Vânia Cristina Rennó Azevedo, pelo técnico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) Alexandre Palma e pelo pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão (Goiânia, GO), Paulo Hideo Nakano Rangel.

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Além de curadores de recursos genéticos da Embrapa local, participaram curadores da Embrapa Pecuária Sul (Bagé,RS) e da Fepagro/RS. Após, o período do Treinamento e do Seminário, os participantes visitaram os Bancos Ativos de Germoplasma (BAGs) da Unidade de pesquisas.

A Vertente Vegetal do Portfolio Regen está trabalhando com todos os BAGs, ligados aos projetos de pesquisa, com a garantia de qualidade para conservação de todos os recursos genéticos de plantas dentro da Embrapa. Com isso são feitas ações de enriquecimento do Banco, ao apresentar uma diversidade de produtos genéticos de interesse da Agricultura, além de conservação, regeneração, multiplicação e disponibilização desses materiais para os agricultores e para todos os estudos com recursos genéticos da Embrapa.

Para assegurar as boas práticas de gestão das informações relativas a BAGs e Coleções, com confiabilidade e segurança, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia estruturou o portal ALELO, um portal de serviços e gestão de dados e informações de pesquisa com recursos genéticos da Embrapa. "Foi aproveitado o treinamento dos curadores para mostrar as possibilidades dos serviços prestados pelo ALELO, já que a elaboração da documentação para registro dos Recursos Genéticos é um dos grandes gargalos no projeto", disse a pesquisadora Vânia Cristina Rennó Azevedo, líder da Vertente Vegetal do Portfólio Regen.

Segundo ela, foram escolhidos alguns BAGs em todo país para servirem de piloto no projeto de qualidade, os quais estarão com o processo implementados até 2020, quando termina essa fase. "Como o projeto é contínuo, a partir de 2021, todos os BAGs deverão iniciar a implementação oficial dos requisitos mínimos de qualidade", esclareceu a pesquisadora. 

A Embrapa possui cerca de 140 BAGs distribuídos por todo o território brasileiro. Dentre as Unidades descentralizadas da Empresa, 29 participam desta Vertente Vegetal do Portfólio Regen, sendo que a Embrapa Clima Temperado é uma das mais importantes Unidades de pesquisa participantes deste trabalho, já que possui 13 BAGs, o que perfaz quase 10% da totalidade de BAGs deste Portfólio.

Estudo de Caso: BAG de Arroz
O pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão (Goiânia,GO) Paulo Hideo Nakano Rangel é o curador do BAG de Arroz da Embrapa, atualmente com 30 mil acessos e que faz parte do Portfólio Regen como um BAG piloto. Ele veio participar do treinamento para contar a sua experiência no trabalho de reunir e guardar uma enorme variabilidade de espécies da cultura do arroz. Este BAG é um dos 10 mais antigos da Empresa e foi criado em 1976.

O BAG do Arroz guarda uma variabilidade de espécies da cultura de importância para o melhoramento genético. O pesquisador explica que a Empresa possui um programa de grãos alternativos (grãos pretos, grãos para culinária japonesa e italiana, entre outros), assim como um programa de grãos tradicionais (3.200 espécies de longa adaptação oriundas dos produtores). Além disso, existem espécies silvestres de arroz do Brasil, que representam as regiões da Amazônia, do Cerrado e do Pantanal e que possuem um trâmite de uso e documentação diferenciados pelo fato de serem nativas e estarem em áreas de plantações não-comerciais.

Paulo Hideo finaliza sua entrevista falando como o BAG do Arroz tem sido fundamental para o Estado do Rio Grande do Sul e como a sua existência é necessária para inovação na pesquisa orizícola.

 




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