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Nacional
Quarta, 16 de maio de 2012, 22h46

Divulgados dados sobre o crack, Ziulkoski pede ações integradas entres os entes


O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, divulgou na tarde desta terça-feira, 15 de maio, o estudo Os Municípios brasileiros como protagonistas no enfrentamento ao crack. A CNM, por meio do Observatório do Crack, ouviu 4.907 prefeitos de todo país – 88,2% -, e entre eles, 4.004 disseram que enfrentam problemas com o consumo desta droga que assusta o país e prejudica áreas como a Saúde, Segurança Pública, Assistência Social e Educação.

Nesses entes municipais que reconhecem o problema, se considerada a gravidade, a avaliação do gestor público é de nível grave em 1.131 Municípios, de nível médio em 1.987 e nível baixo em 1.202. Ziulkoski usa os números para alertar: “A droga não é mais preocupação dos grandes centros, ela já chegou nos pequenos Municípios”.

Segundo o levantamento da CNM, o Programa crack, é possível vencer, criado pelo governo federal em dezembro de 2011, aplicou até esta data apenas R$ 246 mil. Os recursos prometidos pelo governo na ocasião são de R$ 4 bilhões em três anos. “Isso seria em média R$ 700 milhões a cada seis meses e nós chegamos ao primeiro semestre sem investimentos concretos”, lembra Ziulkoski.

Na prática, atualmente, como não há planos integrados dos três entes da federação – União, Estados e Municípios -, apenas o terceiro deles possui ações efetivas contra a proliferação do crack no Brasil. De acordo com os dados da CNM, 94% fazem algo para solucionar o problema, mesmo sendo palestras em escolas ou atendimento às famílias.

Em Paranavaí (PR) com 80 mil habitantes, o prefeito Rogério Lorenzetti atende em torno de 150 usuários da droga. No Município foi construído um centro de tratamento com recursos de um convênio federal, porém, a manutenção desse centro, como o pagamento de funcionários, por exemplo, é toda da prefeitura.

“O caminho é conhecer o problema como estamos fazendo na Marcha e depois atacarmos com investimentos federais, estaduais e municipais”, defende Lorenzetti. O prefeito se diz sensibilizado com as famílias que vivem o dilema do crack e elogiou a iniciativa da CNM em levantar o tema no maior encontro municipalista da América Latina.

Marcha
Ao longo desta tarde os mais de 4.000 gestores municipais presentes naXV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios assistem a painéis que mostram desde o problemas iniciais até exemplos de enfrentamento e tratamento de usuários. Nesse debate estarão presentes os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Justiça, José Eduardo Cardozo.

O presidente da CNM terminou a apresentação do estudo com a seguinte cobrança: “Nós [municipalistas] nunca fomos chamados para discutir o assunto com os governadores e a presidência. Devemos discutir as soluções e o papel de cada um no enfrentamento ao Crack, porque na prática, quem executa os programas são os prefeitos”. Para o líder da Confederação, é preciso haver articulação integrada e definição de fonte de recursos.




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