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Nacional
Sexta, 27 de julho de 2012, 10h12

Por causa da greve, ano letivo nas universidades deve avançar até o início de 2013


 A greve dos professores das universidades federais já dura 72 dias e aumenta a probabilidade de que o calendário letivo de 2012 tenha que ser estendido até o início de 2013. Na maioria das 57 instituições, a paralisação teve início antes do encerramento do primeiro semestre. Com isso, quando a greve terminar, será necessário concluir as atividades para só então dar início ao segundo semestre de 2012.

O reitor da Universidade de Brasília (UnB), José Geraldo, explica que, quando a greve for encerrada, o calendário deverá ser reorganizado. “O semestre letivo não coincide com o ano fiscal. É provável que a gente entre [com as atividades letivas] em 2013 com a reposição. Mas já vivemos experiências de outras greves em que foi possível organizar isso de modo qualificado”, disse.
 
A Agência Brasil entrevistou reitores de insituições das cinco regiões do país. Eles descartam a possibilidade de cancelar o semestre e apostam na reposição. Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), os professores encerraram as atividades antes da paralisação, mas o semestre não foi oficialmente finalizado porque a maioria não lançou as notas no sistema. Como as aulas foram concluídas, o reitor Carlos Alexandre Netto acha que não será necessário comprometer as férias de janeiro com a reposição – isso se a greve não se prolongar por muito tempo.
 
Além dos professores, os técnicos administrativos das universidades federais estão em greve desde 11 de junho. Em algumas universidades, a paralisação dos servidores também atrapalha o calendário, já que serviços como o lançamento de notas e matrículas podem ficar comprometidos. O governo espera resolver a situação com os professores para depois iniciar a negociação com os técnicos.
 
“Assim que os professores retornarem, nós vamos tentar corrigir o calendário. Mas, se não for resolvida a questão dos técnicos, nós não temos como começar o semestre seguinte. Nossa expectativa é que haja logo uma negociação também com essa categoria”, disse o reitor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Targino de Araújo Filho.
 
Até segunda-feira (30), professores se reunirão em assembleias para deliberar sobre o fim da greve. Ontem (26), docentes de pelo menos 12 universidades federais já rejeitaram a proposta apresentada pelo governo na terça-feira (24) e mantiveram a paralisação. São elas as universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ), de Santa Maria (UFSM), de Pernambuco (UFPE), Rural de Pernambuco (UFRPE), do Espírito Santo (Ufes), de Uberlândia (UFU), de Brasília (UnB), da Paraíba (UFPB), da Bahia (UFBA), de Goiás (UFG), de Pelotas (UFPel) e Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), os docentes aceitaram a proposta do governo, mas o fim da paralisação ainda depende da aprovação em um plebiscito.


27/07/12, 11:14
Matheus disse:

Salário é uma pequena parte dos motivos da greve. É inadmissível que aqueles que estudam a vida toda ganhem menos que políticos semianalfabetos. Inadmissível que graduados tenham salários o dobro de professores doutores. isso cria uma distorção que não atraí para as universidades os melhores profissionais. E o interior do país? Que bom profissional irá para o interior para ser mal pago? Lembrem que não existe profissional que estude mais do que os professores universitários. O governo calcula hoje os custos da copa em 72 bilhões!!!! Que fariam uma revolução se fossem utilizados nas universidades, nos hospitais universitários sucateados, bibliotecas caindo aos pedaços - e no interior é muito pior. A greve não é apenas por salário, e sim para que seja atendida uma série de questões de sucateamento dos laboratórios onde os profissionais do futuro do Brasil estão estudando. Mas neste quesito o governo federal até agora ignorou completamente. O sucateamento das universidades segue ignorado pelo governo, mas a copa do mundo (festa)... 72 bilhões!!!!!!!!!!


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