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Em Jacobina do Piauí (PI), apesar do calor parecer intenso aos rondonistas, os moradores da cidade afirmam que o tempo está frio. “Convidei uma senhora para participar da oficina pela manhã, mas ela disse que não poderia, porque o vento estava frio e poderia fazer mal a ela”, conta Kelly Cristina da Silva, 26 anos, estudante do 5º semestre do curso de Enfermagem da Universidade de São Francisco (USF) de Bragança Paulista (SP). No dia, a previsão era de que a temperatura máxima ficasse em torno de 37 e a mínima de 28.
Contudo, apesar deste episódio, Kelly observa que a população tem estado presente nas atividades planejadas pelas equipes. “As pessoas são hospitaleiras, tem muita vontade de aprender e estão se conscientizando aos poucos com as nossas ações”, relata a rondonista.
Na tarde de quarta-feira (16/01), uma das salas da Unidade Escolar Severo Rocha, local de realização do Rondon em Jacobina, acolheu cerca de 30 mulheres para a primeira Tarde da Mulher, encontro promovido pela equipe da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Na oportunidade, os rondonistas realizaram uma palestra sobre os direitos da mulher e violência doméstica, mais especificadamente a Lei Maria da Penha.
De acordo com a Secretaria de Política para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), o Piauí é o sétimo estado no ranking nacional por registro de ligação para a central de atendimento a mulher – Ligue 180. Entre 2011 e 2012, houve um crescimento de denúncias para a central de 15%.“É importante que elas saibam dos seus direitos, que podem dizer não e que existem pessoas e instituições capazes de ajudar numa de situação de humilhação ou de violência”, afirma Viviane Tesche, estudante de Psicologia do 9º semestre da PUC-RS.
O segundo encontro da Tarde da Mulher será na próxima semana e terá como tema questões relacionadas à saúde. A professora de 46 anos Maria José Fernandes, jacobinense de nascença, diz ter gostado da palestra e que voltará no próximo encontro. “Foi maravilhoso, a gente compartilha conhecimento e aprende bastante”, avalia Maria José.
O professor coordenador da PUC-RS, Márcio Pinho, entende que levar esse tipo de informação para comunidades menores contribui para o bem estar e crescimento das pessoas. Márcio destaca ainda o empenho dos estudantes em preparar e produzir tais ações. “É impressionante a dedicação das equipes. Dá para perceber a alegria que eles sentem em poder ajudar o município”, comenta.
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