IF da UFMT populariza ciência para instigar o nascimento de novos 'Einsteins'

Grupo usa a sétima arte e a ludicidade para apresentar a Física como algo a se pensar como profissão e, quem sabe, ter novas teorias mundiais comprovadas por mato-grossenses

Na última semana as ondas gravitacionais teorizadas há cem anos pelo físico Albert Einstein foram finalmente detectadas pelo experimento LIGO (em inglês: Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory) e causou furor internacional tornando a Física uma ciência cada dia mais popular. A comunidade científica está em festa desde então. Contudo, a maioria da população assiste a tudo sem ter noção do quanto isso é importante para o mundo. Por conta dessas e de outras teorias, que podem ajudar a sociedade a ver o mundo além do chamado universo visível que é até onde o homem conseguiu chegar no Cosmos, é que é importante que as janelas do conhecimento da Física consigam ser, cada vez mais, escancaradas pelas novas gerações. Isso porque somente com a curiosidade aguçada é que a humanidade pode avançar rumo às novas fronteiras. Uma boa notícia é que aqui mesmo em Mato Grosso uma partícula viajante nesta direção começou a se deslocar para mais perto dos moradores da Capital. Trata-se do projeto "Física na Nuvem", que é desenvolvido dentro do Instituto de Física da UFMT desde 2015. Voltado especialmente para os alunos da instituição, conforme os idealizadores, os professores do IF, Alberto Sanoja e Elvis Lira da Silva, indiretamente também dirige conhecimento à sociedade com a promoção de atividades de popularização desta ciência.

Dentre as ferramentas para esta popularização estão: a sétima arte e a ludicidade. Sanoja explica que, o "Física na Nuvem" começou em 2 de dezembro de 2015 após uma conversa entre ele e Silva no corredor do IF ao detectarem o silencio de debates sobre o assunto entre os alunos no corredor. "Vimos que os estudantes estavam sendo 'formatados' e não instigados a ir além", conta Silva. Dessa forma, ambos começaram a pensar em uma extensão desse projeto de extensão chamado "Física na Nuvem" recriando-o com diferentes extensões como o "Cinema na Nuvem", que acontece toda quinta-feira, às 16h no auditório do IF (com direito a refrigerante e pipoca grátis). Na sessão, que também é aberta a quem se interessar pelo assunto, são apresentados, alternadamente, a cada quinta-feira, um documentário e um filme seguidos de debates e levantamento de dúvidas acerca do que foi visto.

Posteriormente a ideia, conforme Sanoja, é criar o "Calendário Científico" para valorizar e trazer grandes acontecimentos da Física para os holofotes dos jovens. Outra forma de iniciar os alunos para fomentar a ciência para os da mais tenra idade são os trabalhos lúdicos de grupos de alunos que são capacitados e incentivados a ir às escolas estaduais para conversar com os estudantes ensinando a Física de forma mais lúdica e divertida. Atualmente este projeto-piloto ocorre somente na escola "Dione Augusta" no CPA 4. Dessa forma, daqui alguns anos, essas crianças poderão sonhar mais do que ser jogadores de futebol ou cantores, mas também considerarem a possibilidade de também serem astros da busca por um conhecimento maior do universo.

Programação nesta quinta-feira (17.02)

Seguindo a programação do Cinema na Nuvem será apresentado nesta quinta-feira, às 16h, no auditório do Instituto de Física da UFMT o documentário "O Tecido do Cosmos: Universo ou Multiverso?". O doc é baseado no livro do renomado físico e autor norte americano, Brian Greene e tem aproximadamente 55 min.

Contatos

Quem quiser conhecer o método de trabalho do grupo ou acompanhar suas atividades pode entrar em contato pela fanpage "Física na Nuvem". Há também o site do projeto http://fisica.ufmt.br/nuvem/.