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Terça, 17 de abril de 2012, 23h26

Para analistas, Caged é preocupante para a indústria de transformação


O resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em março não surpreendeu economistas consultados pelo Valor. A mediana do mercado apontava para a geração líquida de 188 mil vagas, sendo que o saldo apurado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) indicou a criação de 111.746 vagas no mês. O desempenho da indústria de transformação, porém, foi o destaque negativo.

"No mês, a indústria teve um resultado preocupante. Na comparação com os últimos meses de março, só não foi pior que março de 2009 (período no qual o setor estava) sob efeito da crise", explica Fabio Romão, economista da LCA Consultores. Em março de 2012, o saldo líquido da indústria (incluindo a indústria extrativa e os serviços de utilidade pública) foi negativo em 2.423 vagas. De acordo com cálculos da LCA, a média entre 2001 e 2012 para o mês é de criação de 23 mil vagas na indústria, o que corrobora o mau desempenho, na avaliação de Romão.

Na abertura dos subsetores da indústria de transformação, que fechou 5.048 vagas em março deste ano, o pior desempenho foi o de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico, cujo saldo foi de 25.211 vagas líquidas a menos. "Acredito que esse resultado se deve ao setor sucroalcooleiro, o que pode ter afetado também a agropecuária", diz o economista da LCA. "Mas outros setores importantes como metalurgia e material de transporte também não apresentaram bons resultados.". A indústria metalúrgica apresentou saldo positivo de 266 vagas em março e, de material de transporte, 143 vagas negativas.

Os setores de construção civil e serviços continuam segurando a geração de empregos no Brasil, na avaliação de José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator. De acordo com os dados do Caged, o saldo líquido de vagas na construção civil foi de 35.935, contra 3.315 em igual mês do ano passado. Em serviços, o saldo em março deste ano foi positivo em 83.182 vagas, contra 60.309 na mesma base de comparação. Segundo o economista, a incidência do carnaval no mês de fevereiro em 2012 (em 2011 ocorreu em março) abriu espaço para que alguns setores avançassem na comparação com o ano passado.

Na comparação com fevereiro (93.170 vagas criadas), o setor de serviços registrou desaceleração. Nesse caso, também o efeito calendário gerado pelo carnaval foi responsável pela menor criação de vagas. "O tipo de emprego gerado em serviços, além de ser volátil, é muito afetado por fatores sazonais como o carnaval. Por isso houve uma desaceleração nesse setor agora em março", afirmou Gonçalves.

O resultado geral do Caged aponta para manutenção do nível de emprego no país, na opinião de Fabio Ramos, da Quest Investimentos. Para o economista, o número mostra ligeira tendência de desaceleração na criação de vagas frente a fevereiro, quando o saldo líquido foi de 150,6 mil, e a janeiro (118,9 mil).

"Esse resultado, se mantido, implica em um nível de desemprego estável a médio prazo", disse Ramos. Em fevereiro, a taxa de desocupação medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do país ficou em 5,7%. 




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