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Variedades
Sábado, 01 de junho de 2013, 17h19

Conselho e representação cultural


O Conselho Estadual de Cultura é o órgão bipartite, ligado à Secretaria de Estado de Cultura, responsável pela execução de políticas de incentivo , manutenção e difusão da cultura mato-grossense. Hoje, o CEC conta com 7 titulares e 7 suplentes indicados pelo Governo de Mato Grosso, e outros 7 titulares e 7 suplentes que representam a classe artística – sejam eles produtores ou artistas. Estes últimos são eleitos pelos seus pares, com gestão bianual e direito à reeleição. A concepção do Conselho é séria: é o único órgão que delibera sobre projetos culturais que receberão, ou não, incentivo financeiro do Estado, devendo ser, portanto, probo e justo.

De uns quatro anos para cá, temos sofrido o achatamento orçamentário, e nos deparamos com o grave problema de não conseguir atender a demanda de todo o Estado. Pela primeira vez, como Presidente do Conselho, tenho sentido isso na pele, por não conseguirmos contemplar as centenas de projetos que recebemos, de todos os segmentos culturais e de toda parte de Mato Grosso. Mas preciso dizer que essa não é a única tarefa do Conselho, e que não devemos fazer dela – a aprovação do PROAC – o centro das nossas atenções.

O Conselho deve fazer mais do que isso. Deve pensar as políticas culturais do Estado: elas estão sendo criadas, implantadas e executadas corretamente? Temos, para o PROAC, algum critério que beneficie a continuidade dos projetos (mesmo proponente e mesmo objeto por anos, demonstrando execução e prestação de contas corretas)? O relacionamento do Conselho com a classe que busca por incentivo, está correto? A participação do Conselho na fiscalização dos projetos habilitados é suficiente e eficiente? Os Conselheiros estão prontos para assumir o fazer cultural de MT? Os critérios de escolha adotados pelo CEC são justos?

Outro ponto que me intriga é saber se estamos ou não representando todo o estado com a atual formação do CEC. Temos sim, Conselheiros do interior aqui, mas de pouquíssimas regiões. Senti, nas reuniões que tivemos em 2013, que nem todos os municípios tem defesa para seus projetos. Estaremos sendo justos?

No dia 1 de junho, acontece a eleição dos novos conselheiros da classe – os aptos a votar e a serem votados, poderão escolher seus próximos representantes. O grande desejo é que venha aí uma representatividade forte, atuante, justa, que defenda, acima de qualquer coisa, a Cultura de Mato Grosso. Porque um Festival de Cururu e Siriri em Cuiabá tem o mesmo peso, para a população daqui, do que uma Mostra de Teatro em Alta Floresta ou um Circuito de Quadrilha do Araguaia, por exemplo, tem para a população de lá. A Cultura incide sobre a sociedade da mesma maneira, seja lá como for essa sociedade, ou onde esteja localizada. Precisamos de Conselheiros que enxerguem as possibilidades culturais da nossa gente além dos grandes centros. É por isso que torcemos pela boa escolha dos próximos representantes.

Esperamos, com esta nova formação, que possamos continuar o diálogo com todos os segmentos culturais, contemplando a criatividade, a manutenção e a difusão da cultura de Mato Grosso. 




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