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Segunda, 16 de dezembro de 2013, 07h43

Dia do Rasqueado é marcado por evento na Praça Ipiranga .


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Uma mescla de polca paraguaia com o siriri mato-grossense, o ritmo do Rasqueado demorou a ser aceito pela sociedade, o que era considerado como baile de limpa banco e arrasta-pé

 

Rasqueado significa arrastar os dedos pelas cordas. Este estilo musical é tipicamente cuiabano e até leva o nome da cidade junto. Considerado também um dos símbolos da cultura do Estado de Mato Grosso, o “Dia do Rasqueado Cuiabano” é comemorado no dia 15 de dezembro, com direito a lei Municipal e Estadual. E a celebração foi escolhida para acontecer o dia todo na Praça Ipiranga, nesta sexta-feira (13.12), em meio a culinária típica cuiabana e do artesanato.

 

O secretário adjunto da Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso (SEC-MT), Fabiano Prates, abriu e prestigiou o evento, que seguiu com músicos como Roberto Lucialdo, conhecido como o “Rei do Rasqueado”, João Eloy e Nadia Neves, além de Flor Morena e demais atrações.

 

Nascido após a Guerra do Paraguai em uma mescla de polca paraguaia com o siriri mato-grossense, surge então o pré-rasqueado, que demorou um tempo até ser aceito hoje pela sociedade, o que era considerado como baile de limpa banco e arrasta-pé.

 

Para entender melhor, nos primórdios dos anos 20, com o crescimento da baixada cuiabana, aprece as primeiras zonas de prostituição, e as prostitutas cantavam o pré-rasqueado e o siriri, numa época em que o aparelho de rádio existia apenas nas casas das famílias ricas, e as prostitutas eram filhas de famílias pobres. Do convívio destas com os coronéis e os músicos noscafés, então sai da bocas destas para as partituras dos mestres de bandas de música.

 

A entrada dos instrumentos de sopro (sax, trombone, trompete, clarinete, etc.) caracteriza com musica e dança urbana. Ainda nesse período a elite social abominava o rasqueado nos saraus, por considerar coisa de “gente de beira de rio”. Contudo, esse quadro discriminatório veio ser mudado nas décadas 30 e 40, onde o Mestre Ignácio, Honório Simaringo, conjunto Serenata, e as pianistas Zulmira Canavarros e Dunga Rodrigues, infiltrando o rasqueado nas noites de sarau.

 

Agora o rasqueado ganha força graças ao empenho de várias alas de músicos que influenciaram e influenciam o rasqueado cuiabano, a exemplo de Henrique e Claudinho, Roberto Lucialdo, Vera e Zuleica, João Eloy, Pescuma , Mestre Ignácio, Mestre Albertino, José Angêlo, Luís Cândido, Luís Marinho, Luís Duarte, Bolinha, Juca de Mestre, João Marinho, Requeng, Cinco Morenos, Conjunto Serenata, Zulmira Canavarros, Mariano Mônaco, Dunga Rodrigues, Honório Simaringo, Cesino de Matos, Tote Garcia, Vicente dos Santos Namy Ourives e Edna Vilarinho, entre outros artistas.

 

Entretanto foi no começo do ano de 1993, com a realização do projeto Rua do Rasqueado, de autoria de Milton Pereira de Pinho, o Guapo, que o ritmo começou a popularizar. E no ano de 2013 ganhou uma nova versão com o projeto “Ensaio Musical”, com direito a concurso de lambadão e rasqueado cuiabano, e embalou as noites das quintas-feiras, na praça Caetano de Albuquerque, no calçadão da Ricardo Franco, em Cuiabá, por meio do Programa de Apoio à Cultura (Proac), da SEC-MT.

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