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Quinta, 26 de dezembro de 2013, 17h18

Quem trabalhou no dia de Natal afirmava estar feliz


Alberto Romeu
Da Redação

A quarta-feira do Natal de 2013 em Cuiabá mostrou ruas praticamente vazias. Praças com crianças apreciando a decoração natalina da prefeitura, clientes e garçons do Choppão (o mais tradicional bar da cidade) em momento de descontração e quem trabalhou neste dia declarou estar feliz.

 

Quem esperaria que poderia comprar carne justamente no dia de Natal. Enquantos os supermercados estavam fechados, alguns açougues - com muita raridade - abriram. No Ponto da Carne, ao lado do Big Lar da avenida Miguel Sutil vários clientes faziam filas. E também depositavam dinheiro na caixinha de Natal instalada no balcão. Os açougueiros viviam em estado de graça. Brincavam e sorriam e não se importavam com alguns detalhes solicitados pelos clientes.

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Magrão: dez anos trabalha no dia de Natal

Edvaldo Silva, o Magrão, há dez anos trabalhando no local revelava o segredo. "Faz dez anos que prefiro trabalhar. Passo à noite com a família e à tarde estou livre (o expediente era até às 12h00). A gente faz a satisfação do patrão e ele é gente fina" revela. Casado, Magão tem três filhos (20, 13 e 10 anos). 

Baiano: ganhando dinheiro de forma digna

 

 


Há quatro meses no mesmo açougue, Morival Santana de Souza - o Baiano - justifica que "é bom, é um ganho a mais e é uma forma digna. Graça a Deus estou muito feliz", disse. Ele tem três filhos (16, 9 e 2 anos).

 

 

Otávio e o filho Carlos Alexandre: trabalho no dia de Natal

Mais centrado, Otávio Aparecido dos Santos, que trabalhou quase dez anos Big Lar, está há um ano e um mês no Ponto da Carne e diz que este é o segundo ano que trabalha no dia de Natal. "Passar longe da família é meio difícil numa data tão especial. Sou profissional e o patrão trata a gente como amigo. Sempre que você precisa ele está presente e 'uma mão lava a outra' - ressalta. Junto com ele trabalha o filho Carlos Alexandre, 18 anos, que disse estar feliz em trabalhar nesta data. Otávio tem mais um filho de 16 anos. 


A atendente de caixa Rita Cássia de Arruda, solteira, sem filhos, diz que "passar o Natal trabalhando é sempre bom. Estou feliz. Já já vou pra casa" - sentenciou.
 

Leila Sena: convivemos com os visitantes todos os dias e isso é agradável

Em meio ao corre-corre da compra de carnes, próximo dali estava o Hospital Santa Rosa cuja frente estava tomada por veículos. Pela porta de emergência pessoas saiam com olhares reflexivos, outros levavam travesseiros.

Trabalhando na recepção no feriado Leila Sena Costa, 29 anos, dizia que gosta e "acho interessante. Como se fosse uma família que a gente tem. Convivemos com os visitantes todos os dias e por isso é agradável". Casada, sem filhos ela diz que dá pra conciliar a data. Perguntada sobre o falecimento de dois pacientes neste dia (a reportagem teve a informação por visitantes), Leila disse que "perde junto com os familiares".

De terno e gravata, Joseneise de Oliveira Campos, 46 anos, que trabalha como segurança, disse que gostaria de ficar mais tempo com a família neste dia, mas tem a responsabilidade e é uma questão digna. Com dois filhos (19 e 10 anos) do primeiro casamento ele conta que apesar de tudo vive a situação com normlidade. Há um ano em um novo casamento Joseneise disse que estava ansioso para voltar pra casa e ver a esposa.

A terceira entrevista do Plantão News foi feita por telefone. Ao ligar se informar sobre os óbitos neste dia o telefone foi atendido por Eduardo Gouveia que trabalha na Floricultura Coroas e Flores. Neste dia foram produzidas 35 coroas para velórios, mas a média (uma quarta-feira) é de 60 coroas. "Muitas empresas estão fechadas, tem muita gente viajando então cai o movimento" - disse.

Eduardo disse que o 25 de dezembro é um dia normal para quem trabalha no mercado fúnebre. "As pessoas não deixam de morrer, produzimos coroas e é uma situação normal" afirmou se dizendo feliz por estar trabalhando. 

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