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Sábado, 01 de janeiro de 2005, 00h00

UFMT e Funasa atende mais de 3 mil indígenas


Graças a um convênio assinado entre a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), através da sua Assessoria de Questões Indígenas, e a UFMT, através da Fundação de Apoio Uniselva, mais de três mil indígenas estão sendo atendidos em projetos nas áreas de atenção básica e especializada em saúde, exames complementares, atendimento odontológico e educação em saúde.

O convênio, que teve início em 2004, foi renovado este mês, para vigorar até abril de 2007. A UFMT atenderá as etnias Bororo, Bakairi, Chiquitanos, Guató e Aldeia Umutina.

O trabalho é realizado por equipes multidisciplinares que incluem médico, enfermeiro e dentista. Na área de atenção básica em saúde, as atividades compreendem a assistência à saúde em nível primário e ações preventivas e de promoção à saúde, em atendimento aos programas preconizados pelo Ministério da Saúde, tais como pré-natal, crescimento e desenvolvimento, DST/AIDS, hanseníase e tuberculose, hipertensão e diabetes, saúde bucal, dentre outras. Em termos de atenção especializada a equipe multiprofissional realiza encaminhamentos para especialistas e para serviços hospitalares e providencia pedidos de exames complementares, para os municípios pólos-regionais ou para Cuiabá, de acordo com as regulações do SUS de Mato Grosso. Dentre as ações especiais desenvolvidas até esta data, foram realizadas 195 próteses dentárias, 272 consultas oftalmológicas, com a entrega de 220 óculos, 1274 exames parasitológicos de fezes.

O convênio também prevê atividades educativas nas áreas de esporte, saneamento ambiental, entre outras, voltadas para as comunidades indígenas, bem como cursos de capacitação dos profissionais envolvidos que acontecem em parceria com o Governo do Estado ou com a Funasa. Para o mês de maio já está previsto um curso básico de antropologia. Também está em fase de elaboração pelo Instituto de Saúde Coletiva da UFMT o projeto de um curso de especialização em saúde indígena, para os profissionais das equipes multidisciplinares, profissionais de outras entidades conveniadas e da Funasa.

Dentre os estudos e levantamentos realizados, destaca-se a avaliação nutricional dos indígenas menores de 5 anos de idade, pertencentes às etnias contempladas pelo Convênio. Foram avaliadas 161 crianças, sendo 87 do sexo masculino e 74 do sexo feminino. De acordo com a pesquisa, não foram identificados menores de 5 anos desnutridos na área de atuação da UFMT, apenas casos isolados de crianças com risco de desnutrição.

Na avaliação do Prof. Sérgio Allemand Motta, do Instituto de Saúde Coletiva da UMFT e coordenador do projeto, os seus principais pontos positivos, além das ações propriamente ditas, são o caráter multidisciplinar do trabalho; a aquisição e distribuição regular de medicamentos; e a parceria harmoniosa com o Distrito Especial Indígena e as outras conveniadas do Distrito Cuiabá. Quanto aos pontos negativos, os principais são a escassez de veículos para o transporte das equipes até as aldeias; a necessidade de ampliar a equipe; a falta de materiais permanentes e instrumental, principalmente odontológico; e as condições inadequadas dos postos de saúde das aldeias e dos locais de estadia dos profissionais de saúde.


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