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Sábado, 01 de janeiro de 2005, 00h00

Orquestra de Câmara do Estado inaugura temporada 2006


Faltando menos de uma semana para a abertura oficial da temporada 2006, a Orquestra de Câmara do Estado está na fase final de preparação para as exibições. Na noite da próxima quarta e quinta-feira (19 e 20.04), os cuiabanos vão entender a razão dos ótimos adjetivos dados pela mídia nacional aos músicos da orquestra. As apresentações acontecem a partir das 20hs, no teatro do Sesc Arsenal. Um litro de leite longa vida vale um ingresso para o show.

“Os músicos ensaiam diariamente, durante quatro horas”, conta o regente da orquestra, maestro Leandro Carvalho. “Além disso, eles se dedicam mais quatro horas estudando. Todo esse esforço é para oferecer ao público uma apresentação de alto nível, tão boa quanto as apresentações das orquestras tradicionais do Brasil e do mundo”.

Em 2006, a Orquestra de Câmara de Mato Grosso vai viajar por todo o território do Estado, além de uma turnê internacional. “Estamos indo para San Ignácio, na Bolívia”, conta Carvalho. “Vamos representar Mato Grosso num festival internacional de música barroca clássica”. A comitiva da orquestra viaja à Bolívia no próximo dia 30 e fica lá por uma semana. Em Mato Grosso serão 80 apresentações oficiais neste ano, além dos concertos alternativos (leia abaixo).

Criada em 2005, a Orquestra de Câmara do Estado tem 20 músicos, sendo a maior parte deles de fora do Estado. “Temos músicos de várias partes do Brasil, principalmente de Brasília”, conta Carvalho. “Também fazem parte da orquestra um americano, uma sueca, um escocês e um inglês”. Essa diversidade de culturas é um diferencial, segundo o regente. “Quem mais ganha com essa variedade de sons, formações e estilos é o público”. Um exemplo citado por ele foi o choque, no bom sentido, entre os instrumentistas Pascal Viglino, suíço e de formação clássica, com o cuiabano Sandro Souza, que “tira, de improviso” sons incríveis de todo e qualquer objeto em que encoste. “Apesar de terem formações antagônicas, os dois se entenderam perfeitamente, seus sons se completam”.

“A Orquestra de Câmara é um orgulho para o Estado“, comemora o secretário de Estado de Cultura, João Carlos Vicente Ferreira. “Todos os músicos são profissionais de alto nível, que vieram para Mato Grosso pelo prazer da experiência, pelo novo. Essa satisfação reflete no trabalho deles, e toda a comunidade é beneficiada”, conclui.

“O que me motivou a vir para o Brasil foi o desafio, a possibilidade de conhecer outras culturas e sons”, afirma David Gardner. “Estou muito empolgado, eu diria até emocionado, com o que estou vivendo”, conclui. David veio ao Brasil pela primeira vez em 2005, quando começou seu trabalho da orquestra. Com o aumento do orçamento em 2006, ele voltou para fixar moradia em Cuiabá e se tornou coordenador dos programas educacionais da orquestra. David afirma estar ansioso para conhecer parte da Bolívia. “Sei que essa será uma oportunidade única para ter amostras de várias culturas, e um pouco da história da América Latina”, diz.

Democratização da Cultura
Existem dois tipos de concertos alternativos, que não fazem parte da programação oficial. Um deles, o Concerto Didático, que tem como objetivo maior a interação entre a comunidade e os músicos. Para isso, a orquestra e seus instrumentos vão para dentro das salas de aula, onde são explicadas as funções e características de cada um deles, além de jogos e brincadeiras envolvendo música. “Depois de um dia inteiro de atividades, fazemos um show com a participação dos alunos, pais, professores, e comunidade em geral”, explica David. “É uma interação produtiva para músicos e comunidade, um exemplo de democratização da cultura”, completa Carvalho.

O outro tipo concerto alternativo é o de Formação de Platéias. Por meio dele, a orquestra leva a música clássica para lugares onde tradicionalmente não há esse tipo de apresentação. As exibições acontecem em lugares de fácil acesso e são gratuitos. “Apresentamos desde obras clássicas como Mozart, até trilhas sonoras de cinema, como do filme Gladiador”, diz Carvalho. “Isso nos deixa mais próximos da platéia, que passa a identificar os sons e a apreciar os clássicos”, conclui.

Além dos concertos alternativos, todos os músicos da orquestra atuam como professores voluntários para professores locais e jovens de baixa renda. “Isso é mais uma face do nosso trabalho de inclusão, de democratização da cultura, em seu sentido mais amplo”, afirma o secretário João Carlos. “Nossa orquestra é rica, o que faz de Mato Grosso um estado rico em cultura; é gratificante fazer parte disso”.


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