Quarta, 31 de maio de 2006, 06h42
Proposta de varas para o crime organizado é aprovada pelo CNJ
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou ontem (30), por unanimidade, a proposta da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas de criação de varas especializadas no combate ao crime organizado. A informação foi dada pelo presidente da CPI, deputado Moroni Torgan (PFL-CE).
Segundo o deputado, o conselho vai sugerir a todos os tribunais de Justiça e à Justiça Federal a instalação desse tipo de vara especializada no Brasil.
Tenho certeza de que todos vão receber [a sugestão] de bom grado e implantá-las [varas] o quanto antes. Essa é um a grande vitória contra o crime organizado, porque a burocracia judiciária não estará mais a favor do crime organizado, e sim contra ele. A partir do momento que forem instaladas as varas especializadas, o crime organizado não terá o poder de intimidação que tem hoje, com o juiz singular, afirmou Torgan, depois de participar de reunião do CNJ.
Ele disse que essas varas poderão evitar que juízes sejam intimidados pelo crime organizado, como está acontecendo hoje. O crime organizado não terá o poder de intimidação que tem hoje com o juiz singular. O juiz singular estava sendo intimidado de todas as formas. Com a implantação das varas especializadas, acredito que vamos acabar com esses dois problemas: o problema da intimidação e o problema da falta de especialização, afirmou o deputado.
Os integrantes da CPI ainda se reunirão com os membros do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para tratar do envolvimento de advogados com o crime organizado e também para falar da exposição de advogados ao crime organizado. A reunião está prevista para terça-feira (6) na sede da OAB.