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Quarta, 31 de maio de 2006, 13h35

Plano de Safra do governo disponibiliza R$ 60 bilhões para produtores


Pela primeira vez na história da agricultura de Mato Grosso a demanda pelo crédito de custeio da safra será inferior ao volume ofertado pelos agentes financeiros oficiais e da iniciativa privada. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato), Homero Pereira, declara que em condições normais de mercado a safra mato-grossense 2006/2007 exigiria um aporte de R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões, mas que isso não será realizado tanto em função do endividamento do setor quanto à própria decisão em reduzir a área plantada ante a crise. Ele não estima quanto deverá ser captado pelo setor para o plantio.

O Plano Safra 2006/2007 disponibiliza para todo o país R$ 60 bilhões em créditos de custeio contra R$ 53 bilhões na edição anterior. De acordo com o vice-presidente da Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, a expectativa é que no máximo 60% dos produtores tenham acesso aos recursos. Em Mato Grosso esse percentual significa 18 mil dos 30 mil agricultores. Caso a atividade estivesse hoje em alta, o cálculo é de que seriam necessários pelo menos mais R$ 20 bilhões para o plantio em todo o país. Como sabemos que nada está andando certo hoje na agricultura, faltarão pelo menos R$ 40 bilhões para o setor ficar no azul.

O entrave se resume à falta de acesso ao crédito devido ao nome sujo em cadastros como SPC, Serasa e Cadin, e além disso por conta da falta de garantias para a inclusão nos financiamentos. Na outra ponta, os mesmos motivos dificultam a liberação de créditos pelas tradings da iniciativa privada, onde está concentrado cerca de 60% da dívida rural do Estado, de R$ 6 bilhões.

O pacote anunciado pelo governo Lula contempla a renegociação de dívidas do Pesa, Securitização e Recoop com juros de 8,75% ao ano e carência de 4 anos para o pagamento aos produtores que ainda estavam adimplentes em 2004. Também estipula a prorrogação da cobrança administrativa de parcelas vencidas junto aos bancos oficiais, desde que não sejam securitizadas, com uma trégua de 180 dias.


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