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Quarta, 28 de junho de 2006, 14h56

CPI poupa assessores e deputados ligados na máfia da ambulâncias


A CPI dos Sanguessugas poupou assessores e parlamentares supostamente envolvidos com a máfia das ambulâncias. A comissão aprovou hoje requerimentos de convocação de quatro pessoas ligadas ao esquema, entre elas Maria da Penha Lino, que seria o braço da quadrilha no Ministério da Saúde.

Deixou de fora da lista os 27 assessores e ex-assessores de deputados e senadores denunciados pelo Ministério Público Federal como integrantes do esquema que desviava recursos do Orçamento por meio da compra superfaturada de ambulâncias. Os membros da comissão nem apresentaram requerimentos neste sentido.

O presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), também informou que a comissão não deverá ouvir os deputados envolvidos. A proposta é que eles encaminhem por escrito suas explicações. A justificativa é de que são muitos os citados e que a CPI tem apenas 60 dias para concluir os trabalhos de investigação.

Na próxima semana, a CPI pretende ouvir o delegado da Polícia Federal, Tardelli Boaventura, responsável pela Operação Sanguessuga, e o procurador da República em Cuiabá (MT), Mário Lúcio Avelar. Os dois foram convidados pela comissão e tem a prerrogativa de definir quando querem ser ouvidos, ao contrário dos que foram convocados, que são obrigados a comparecer.

O deputado Robson Tuma (PFL-SP), que foi relator da comissão de sindicância da Câmara que iniciou as investigações sobre a máfia dos sanguessugas, também deve depor à CPI na próxima semana. O deputado irá detalhar os seus conhecimentos sobre o caso.

A CPI vai ouvir ainda, mas como convocados, Maria da Penha Lino; o empresário Darci Vedoin, sócio da empresa Planam; o filho dele, Luiz Antonio Trevisan, e o advogado da empresa, Luiz Aires Cirineu.

A Planam vendia as ambulâncias a preços superfaturados para as prefeituras que faziam parte do esquema. Os veículos eram comprados com recursos de emendas apresentadas pelos deputados e senadores cooptados pelo esquema. Todos já foram ouvidos pela Polícia Federal.

A comissão decidiu ainda quebrar os sigilos da Planam, da empresa Santa Maria, que também integrava o esquema, além de Maria da Penha, Darci Vedoin, Cléia Maria Vedoin (esposa de Darci), Alessandra Trevisan Vedoin (filha de Darci) e Helen de Paula Vedoin (sócia da empresa). Os sigilos bancário, fiscal e telefônico já foram quebrados pela Justiça e devem ser transferidos para a CPI.


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