Quinta, 29 de junho de 2006, 13h45
Robinho treina sem dores, mas não testa chute
Depois de três dias fazendo apenas trabalhos de fisioterapia na piscina do castelo Lerbach e treinos de bicicleta, o atacante Robinho voltou a treinar no campo - e com bola - nesta quarta-feira. E, apesar de não ter testado aquilo que causou a lesão que o afastou - o chute -, ele declarou, depois da prática, que não sentiu dores.
Hoje (quarta-feira) eu não senti nada. Espero continuar assim e ganhar confiança para chegar no sabadão 100% para jogar, declarou o atacante, em entrevista coletiva concedida após deixar o gramado da Belkaw Arena.
O atleta explicou que jogaria mesmo sentindo dores - desde que elas não comprometam seu rendimento em campo. Se for suportável a dor, eu jogo. Caso contrário vou avisar a comissão técnica até para não prejudicar a equipe, reconheceu, antes de filosofar: Tudo depende da dor. Dor e cansaço fazem parte do uniforme do atleta.
Robinho começou o treino participando da roda de bobinho e da sessão de alongamentos com o restante do grupo. Então, enquanto os demais jogadores fizeram um trabalho físico com extensores, o jogador começou a correr. Depois disso, começou um trabalho de agilidade com o preparador físico Paulo Paixão. Ao término da prática, o atacante ficou observando os companheiros, que jogavam um mini-rachão. O jogador fez embaixadinhas e trocou passes curtos com a trave ou algum integrante da comissão técnica enquanto isso, mas não deu nenhum chute.
O técnico Carlos Alberto Parreira acompanhou de perto o comportamento de Robinho durante toda a prática, desde a corrida até os momentos finais.
Antes do treino, o médico da Seleção Brasileira, José Luiz Runco, se mostrou otimista, acreditando na possibilidade de o atacante do Real Madrid se recuperar plenamente a tempo de enfrentar a França, no próximo sábado. Acho que ele vai jogar, está intensificando bem o trabalho, avaliou. Ele está animado. Vejo isso pela maneira como sobe a escada.
Os titulares da partida diante dos africanos ficaram no castelo Lerbach fazendo recuperação física.
Robinho, que era cotado pela imprensa e torcida para sair jogando nas oitavas-de-final, voltou a pregar, nesta quarta-feira, o discurso politicamente correto.
Se tiver que ficar no banco (contra a França) não tem problema nenhum, vou me preparar para ficar à disposição do professor. Se eu for titular, ótimo. Mas se for banco não tem problema.