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Sexta, 05 de fevereiro de 2016, 11h34

Papiloscopistas comemoram data de criação da profissão


A identificação do ser humano por meio das digitais é o principal método de trabalho dos papiloscopistas, profissionais que compõem uma das carreiras mais antigas do Estado, mas que não perdem a importância frente aos avanços das tecnologias de individualização. São eles os responsáveis pela coleta, levantamento, análise de vestígios papilares e, organização de toda base civil e criminal de impressões digitais do Estado.

A área de atuação pode variar conforme a finalidade, como em postos de identificação, para a emissão e processamento de carteiras de identidade; em laboratórios, na utilização de reagentes e revelação de digitais; e ocorrências policiais, por exemplo.

Os papiloscopistas estão vinculados ao Instituto de Identificação da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) atuando, inclusive, em conjunto com os peritos oficiais em locais de crimes, revelando e levantando fragmentos papilares para a identificação dos autores dos delitos.

Há 31 anos na profissão, a papiloscopista Anecy de Pinho, lotada na identificação civil, destaca que a Politec custodia mais de 3 milhões de prontuários civis de cada cidadão que possui RG no Estado, e que podem ser consultadas pelos profissionais em diferentes situações, desde a solicitação da 2ª via até para obter informações criminais. “Faz parte da nossa atribuição identificar, através de estudos e técnicas próprias, a impressão digital cada indivíduo, resguardando essas informações para se evitar fraudes e falsificações’’, afirmou.

O trabalho de identificação civil é feito por onde e quando necessário, como em presídios, hospitais, aldeias indígenas, comunidades ribeirinhas, mutirões e até em domicílios, para os casos de pessoas com dificuldade de locomoção até os postos.

No viés criminal, a papiloscopia desempenha um trabalho fundamental e complementar junto à Polícia Civil e o Poder Judiciário, por meio da pesquisa de antecedentes criminais e individualização de suspeitos, evitando a detenção equivocada de inocentes. Também faz parte da sua função a elaboração de retrato falado, a partir de descrições repassadas pelas vítimas em depoimento.

A elaboração de cadastros criminais e emissão da folhas de antecedentes, bem como anotações das decisões e distribuições judiciais e prestação destas informações às autoridades, é uma das atividades de rotina dos profissionais desta área.

O papiloscopista na área criminal Elson Gregório considera que, atualmente, o perfil destes profissionais está voltado à tecnologia com o avanço da biometria, que é a informatização da identificação de pessoas com base em suas características físicas únicas. “Dentro da persecução penal e do contexto da identificação, asseguramos diretos e cumprimento de deveres de forma inequívoca através de métodos científicos’’, acrescentou.

Representando um dos ramos mais desafiadores da papiloscopia, responsável pela identificação de cadáveres, a servidora Simone Mariana Delgado afirma que o seu trabalho vai muito além do auxílio à persecução penal. “A necropapiloscopia é um método científico que tem como principais objetivos a identificação de corpos com segurança e certeza, para se evitar troca de cadáveres, fornecer uma resposta rápida para os familiares das vítimas, auxiliar a investigação criminal e garantir dignidade à pessoa humana. É um trabalho gratificante!’’, revelou.

Aniversário

Nesta sexta-feira (05.02) é comemorado o Dia Nacional dos Papiloscopistas. As atividades de papiloscopia surgiram no Estado de Mato Grosso em novembro de 1921 com a criação do Gabinete de Identificação e Estatística Criminal. Até então, os profissionais eram conhecidos como “datiloscopistas”, vindo após alguns anos a ter a nomenclatura atual.

Passados 94 anos de sua criação em Mato Grosso, a coleta das impressões digitais se mantém, ao lado do DNA, como um dos métodos mais seguros de identificação, mas que vem passando por reformulações. Uma das mudanças previstas é a implantação do Sistema Biométrico, que deverá ser utilizada na coleta das impressões digitais, além da digitalização da fotografia utilizada no documento. "Irá trazer mais segurança e rapidez no processo de pesquisa e identificação, colocando Mato Grosso na era da tecnologia, individualizando o cidadão mato-grossense”, estima o diretor de Identificação Técnica Ailton Machado.

Os profissionais fazem parte do quadro finalístico da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), que hoje conta com 137 papiloscopistas, desde o último concurso público realizado pela instituição em 1999. Para ingresso ao cargo é exigido nível superior, reconhecido pelo Ministério da Educação, em qualquer área de atuação.

Concurso Público

Está previsto para ser lançado em abril deste ano o edital do concurso público para o cargo de papiloscopista. O certame deverá ofertar 100 vagas.

Os planejamentos para execução de concursos públicos têm sido elaborado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), em conjunto com a Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) e Secretaria de Estado de Gestão (Seges). 




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