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Segunda, 27 de abril de 2009, 13h01

Maggi quer cuidar da família. Não ser escravo da política - afirma a jornalistas


André Romeu

Blairo Maggi: no centro de uma crise de existência, decide que precisa cuidar da família, dos negócios e descansar

Nesta segunda-feira, dia 27 de abril, chegou ao fim um ciclo. Blairo Borges Maggi, o mega-empresário do agronegócio, anunciou sua retirada da vida política, depois de meio mandato como suplente de senador da República e dois como governador do Estado, a se encerrar no final do ano que vem. Vai se recolher aos seus negócios. “Não quero ter o compromisso de ser candidato, de ter que disputar todas as eleições” – justificou. Exaustão pura – o que há tempos já vinha demonstrando. O anúncio do fim da carreira política aconteceu durante contato com os jornalistas, no Encontro Estadual do Partido da República. No evento, Maggi foi exortado a se posicionar sobre seu futuro político.

Cotado para ser vice-presidente da República, com cadeira cativa para disputar uma vaga ao Senado Federal, Maggi cumpre com atraso de quatro anos uma promessa. Ao chegar ao Governo, em 2002, disse claramente que seu desejo era cumprir apenas um mandato. Dizia que não cogitava a reeleição e que a decisão de disputar o Governo era, na verdade, o cumprimento de uma promessa familiar. Descolado da política, queria ser governador para fazer pelo povo. Mas, acabou avançando e aceitando ser candidato novamente ao Governo.

“Compreendo a angustia de todo mundo, compreendo a questão do arco de aliança. Entrei para participar por 4 anos, acabei aceitando a reeleição. Não me preocupo, estou preocupado com outras coisas. Preciso descansar, tem tantas lideranças. Não quero ter compromisso de disputar todas as eleições. Não quero viver escravo da política” - disse.

Logo depois o governador foi ao palanque montado no encontro com os republicanos, quando anunciou sua decisão de encerrar sua carreira política. A informação pegou todos de surpresa. Muita gente chegou a solicitar que Maggi revisse sua posição e que o PR precisa dele para que possa continuar crescendo, ter chances de aumentar a bancada tanto estadual e federal. Maggi, entretanto, foi irredutível. “Minha hora acabou. Dei a contribuição que era preciso para o Estado. Existem muitos outros nomes bons e chegou a hora de outras pessoas darem sua dedicação a Mato Grosso”, esclareceu, informando que vai cuidar agora de suas atividades econômicas e dar um tempo maior com sua família.

O governador, entretanto, garantiu aos republicanos que não vai deixar de trabalhar na eleição do ano que vem. “Vou estar fazendo tudo para quer o nosso grupo vença a eleição. Será um trabalho diferente, com mais tranqüilidade, mas eficaz”.

Para justificar que está cansado e que se vê na hora de dar um tempo na política, Maggi disse que a última vez que ficou uma semana com seu filho foi quanto este tinha 12 anos. “Meu filho está agora com 22 anos. Só na semana passada que conseguimos ficar juntos, em São Paulo, durante a recuperação de Terezinha Maggi”.


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