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Quarta, 27 de maio de 2009, 20h35

Pesquisadores da Suécia se surpreendem com o plantio direto em MT



Encontro com técnicos suiços aconteceu na Fazenda São Miguel.



Um grupo de professores, pesquisadores, engenheiros florestais e representantes de entidades governamentais e não-governamentais da Suécia conheceu, na manhã desta quarta-feira (27), as potencialidades do estado de Mato Grosso. Durante encontro que aconteceu na fazenda São Miguel, pertencente ao grupo Bom Futuro, localizado no município de Campo Verde (131 km ao sul de Cuiabá), o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso – Famato, Rui Prado, apresentou as potencialidades do Estado e suas conquistas no que se refere à produção sustentável.

Buscando desmistificar temas como desmatamento para ampliar a área de produção, foi muito bem reforçado pelo presidente e técnicos da fazenda que a nova modalidade de plantio – Integração Lavoura-Pecuária-Silvicultura (ILPS) é uma prática que vem sendo aplicada nas propriedades rurais do estado. “Nós reconhecemos que agregar as culturas, ou melhor, fazer o giro da produção (gado, soja, pasto e floresta) tem trazido bons resultados ambientais e produtivos”, frisou o presidente da Famato.

Para o engenheiro florestal Johan Wester, gestor da Agência Florestal da Suíça, Mato Grosso possui suas peculiaridades na agropecuária que diferem bem da realidade da Suíça, pois o forte no país dele é a floresta. Depois de saber que os produtores rurais usam árvores exóticas como eucalipto, pau de balsa e macadâmia na ILPS, Wester ressalta que o governo deveria incentivar esse tipo de plantio, pois trará valor agregado (meio ambiente e beneficiamento).

Um ponto que chamou a atenção do grupo de suecos foi a técnica do plantio direto (PD). Hoje 94% das propriedades rurais de Mato Grosso adotam o plantio direto em culturas como soja, milho e algodão. Segundo levantamento da Federação, o estado sai na frente de países como Estados Unidos, Argentina e Paraguai nesta modalidade de plantio. Um dos benefícios do PD está no menor impacto no aquecimento global, traz mais fertilidade para o solo e reduz significativamente a emissão de gás estufa.

Os pesquisadores ficaram surpresos ao saber que Mato Grosso consegue desenvolver três safras no mesmo ano agrícola. O que destaca ainda é a produção em áreas degradadas.

Já para a embaixadora da Suíça no Brasil, Annika Markovic, o motivo da visita ao estado é desenvolver estudos que vão possibilitar um trabalho em conjunto para melhorar o meio ambiente e fortalecer a produção sustentável. “Queremos conhecer mais as potencialidades do estado para que possamos formatar uma parceria entre Suíça e Mato Grosso na produção”, destacou a embaixadora.

De acordo com Rafael Bortoli, diretor geral do Grupo Bom Futuro, não é a primeira vez que recepcionam grupos de estrangeiros para conhecer experiências de plantio. Para ele as visitas sempre geram bons resultados nas trocas de experiências e intercâmbio de conhecimento produtivo. “A cada vinda de grupos como este podemos mostrar como funciona o plantio no estado e também trocar conhecimentos técnicos que vêm agregar”, avalia.

O grupo segue viagem para o Amazonas e o Acre para conhecer instituições focadas no meio ambiente destes estados.



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