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Quinta, 28 de maio de 2009, 14h39

Estoque de soja da China já supera a produção argentina


Os estoques de soja na China nesta temporada equivalem a um terço da produção brasileira e mais da metade do volume colhido na Argentina, respectivamente, segundo e terceiro maiores produtores mundiais do grão.

O volume de soja importado pelo país asiático no ano comercial (que termina em agosto), 18,3 milhões de toneladas, já é superior à quebra de safra dos principais exportadores na América do Sul. No ano-safra corrente, a produção de Brasil, Argentina, Paraguai, Bolívia e Uruguai combinada recuou 18,1 milhões de toneladas, para 96,70 milhões de toneladas no início de 2009, de acordo com o último relatório divulgado pela publicação alemã Oil World.

Uma matemática arriscada para o equilíbrio da oferta e demanda mundial de soja começa a ficar factível. Mesmo com uma expressiva redução na safra, esses países continuam ampliando suas exportações para a China. Só o Brasil aumentou em 46,4% suas vendas nos primeiros quatro meses do ano, de 2,5 milhões para 4,2 milhões. O mesmo ocorre nos Estados Unidos, onde a safra também registra perdas significativas, mas as exportações anuais já são 14% maiores.

Faltando três meses para o término do ano comercial, o volume de soja comercializado no mercado internacional já é da ordem de 32,8 milhões de toneladas, pouco abaixo do estimadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, pelas iniciais em inglês) para toda a temporada: 33,75 milhões. Desse montante, as compras da China responderam por 56%.

O apetite chinês pela soja tem como meta principal ampliar suas reservas para garantir a segurança alimentar. No entanto, fontes do mercado acreditam que pelo alto volume estocado, o país poderia vender uma parte de sua soja da safra antiga e comprar a nova por preço menor. De qualquer forma, o gigante asiático ditaria as regras do mercado mundial da soja, sendo o principal formador de preços pela ponta compradora, podendo atuar ainda como exportador para países da União Europeia e Índia.

Ontem, os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago (CBOT) alcançaram o maior patamar em oito meses no contrato spot, chegando a ser negociada acima de US$ 12 o bushel. Segundo traders, a alta continua sendo motivada pelo aperto da oferta e demanda estável pela oleaginosa da safra antiga norte-americana.

Cargill, ADM e Bunge

A Cargill Inc., a Archer Daniels Midland Co. (ADM) e a Bunge estão se beneficiando do maior auxílio do governo dos EUA às exportações de produtos agrícolas já prestado desde 1992, em um momento em que o Estado norte-americano aumenta as garantias de empréstimos para compradores estrangeiros que não conseguem obter crédito.

Cerca de US$ 4,35 bilhões foram distribuídos a países que vão da Jamaica à Turquia até 6 de abril, no ano de comercialização, sob as condições do Programa de Garantia de Créditos de Exportação para a subscrição de empréstimos fornecidos por bancos estrangeiros. Esse montante é 40% maior que o gasto para esse fim no ano de comercialização de 2008 e representa quase o triplo do total concedido em 2007. Em dados de abril, cerca de US$ 2,8 bilhões dos US$ 4,35 bilhões de verbas destinadas ao programa tinham sido usados para vendas determinadas, segundo registros do governo dos EUA obtidos pela Bloomberg.

A Cargill tinha se beneficiado de US$ 546,1 milhões em garantias de empréstimos, 67 % mais do que em 2007 e em condições de ultrapassar seu total de 2008.

A Bunge teve suas exportações respaldadas por US$ 293,2 milhões em garantias de empréstimos, valor mais de nove vezes maior que o total do ano passado. Embora o programa deva cobrir apenas cerca de 5% das remessas previstas pela empresa para este ano, ele é útil para ajudar a manter as compras dos importadores de produtos dos EUA, disse Deb Seidel, porta-voz da Bunge.

A ADM, a maior processadora de grãos do mundo, foi ajudada por US$ 390,5 milhões em crédito, quantia inferior ao total de US$ 1 bilhão em garantias que a beneficiaram em 2008. O montante atual, no entanto, já está 16 % acima do total de crédito de exportação que beneficiou as exportações da empresa em 2007.




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