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Segunda, 27 de julho de 2009, 14h02

Reitor da Universidade de Lisboa prestigia evento de formação da Seduc


“Ser professor é a mais difícil, porém a mais nobre e mais necessária profissão da sociedade”. Com essa frase, o reitor da Universidade de Lisboa, António Nóvoa, concluiu a aplaudida palestra na noite deste domingo (26.07), em Cuiabá, na abertura do evento “Novos olhares à formação continuada: ressignificando as práticas pedagógicas na educação básica”, uma realização da Secretaria de Estado de Educação.

Até sexta-feira (31.07), cerca de 800 profissionais da Rede Pública Estadual estão reunidos em Cuiabá com a finalidade de orientar as ações de gestão, formação e avaliação dos Centros de Aperfeiçoamento e Formação Profissional (Cefapros) e da equipe Seduc.

O professor António Nóvoa dividiu a explanação em cinco teses: práticas, profissão, pessoa, partilha e público. Em sua fala, ele deixou claro que a formação dos professores deve ser centrada no trabalho escolar e que a prática profissional deve ser transformada em conhecimento profissional.

Ele defendeu a presença dos professores das séries iniciais na formação dos iniciantes. “Alguns dos melhores professores são marginalizados nas escolas, não tendo papel inspirador. Os quatro primeiros anos de docência são decisivos para toda carreira e, muitas vezes, esses professores iniciantes estão desacompanhados”, afirmou.

O convidado António Nóvoa, na terceira tese, centrada na pessoa, defendeu que a formação dos professores deve dispensar atenção especial às dimensões pessoais, trabalhando a capacidade de relação e de comunicação, que define o tato pedagógico e a ética da profissão docente. “Hoje, contamos com os instrumentos necessários para que as crianças tenham o mínimo de conhecimento. Não é mais escola para todos, mas que todos aprendam”, reafirmou.

O ponto considerado pelo professor Nóvoa como o mais polêmico foi a tese público. Na opinião dele, hoje a escola assumiu um papel muito amplo na sociedade, como “solucionadora” de várias questões. “É preciso prolongar a formação continuada para além da escola, intervir no espaço social, mas o que é da escola à escola e à sociedade o que é da sociedade”.

O convidado António Nóvoa concluiu a palestra relembrando as diversas etapas percorridas pela Educação nas três últimas décadas, afirmando que atualmente está em curso a volta do professor à escola, ou seja, que ele não será substituído pelo computador, mas que cada dia ocupa papel imprescindível na sociedade.

A abertura do evento contou com as participações de representantes da Undime, UFMT, Sintep e Conselho Estadual de Educação. A Seduc foi representada pela secretária-Adjunta de Políticas Educacionais, Rosa Neide Sandes de Almeida; pela secretária-Adjunta de Gestão de Pessoas, Vera Araújo, e pela superintendente de Formação, Aparecida de Paula.

Todas as falas das autoridades destacaram o momento de valorização da formação inicial e continuada em Mato Grosso. “Nosso Estado é referência nacional quanto à boa relação com os municípios. Nas diferenças construímos saídas”, finalizou a secretária-Adjunta de Políticas Educacionais da Seduc, Rosa Neide Sandes.

As atrações culturais ficaram por conta do grupo de rasqueado do Cefapro Cuiabá, do Coral do Cefapro de Rondonópolis e do teatro da Escola Estadual 14 de Fevereiro, de Pontes e Lacerda.


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