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Segunda, 24 de março de 2003, 20h35

Transporte coletivo: críticas às planilhas de custos


Entidades ligadas ao Fórum Permanente do Transporte Coletivo de Cuiabá, reunidas no plenarinho da Assembléia Legislativa, discutiram hoje o aumento na tarifa do transporte coletivo de Cuiabá anunciada na semana passada pelo Conselho Municipal de Transportes.

O aumento de R$ 1,20 para R$ 1,70 da tarifa ainda não foi sancionado pelo prefeito Roberto França (PPS). As entidades protestam. Afirmam que a planilha de custos das empresas – que foi analisada pelo conselho e que justificou o aumento, não é “transparente”.

Segundo Luis Mário de Barros, membro do Fórum e presidente do sindicato regional dos Contadores, as informações contidas na planilha não são claras e sugeriu a abertura de uma CPI na Câmara Municipal para investigar o aumento. “Há indícios de irregularidades e o levantamento de custo parece ter sido feito por estimativas”, alegou. As entidades pensam também em ir à Justiça contra o aumento.

Mas o secretário municipal dos Transportes Urbanos, Josué de Souza, rebate as críticas afirmando que o conselho aprovou uma planilha técnica elaborada com orçamento. “Do último reajuste (em 2001) para cá só o óleo diesel aumentou 108%”. Ele informou que o prefeito Roberto França não vetou o aumento – previsto para entrar em vigor ontem, mas sim, está fazendo uma análise mais minuciosa com sua equipe financeira para só depois anunciar a nova tarifa, “provavelmente nesta quarta-feira”.

Já o coordenador técnico dos Usuários de Transporte Coletivo, Jean Van Deri Hante apontou para alguns problemas verificados pelas entidades na planilha de custos. As empresas de ônibus afirmam ter 3 mil motoristas, ou seja, dez para cada veículo. Isso não existe, denuncia. Ele também alega que a planilha mostra que o diesel está a R$ 1,74 o litro, só que este é o preço no varejo e os empresários compram no atacado por R$ 1,50.

O deputado Sérgio Ricardo (PMN) se colocou do lado das entidades e disse ser “totalmente contrário” ao aumento proposto pelo conselho. “Esta planilha de custo é uma caixa-preta que precisa ser aberta”. De acordo com o deputado, em Campo Grande, capital do MS, a tarifa cobrada aos usuários é de R$ 1,15.


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