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Segunda, 13 de setembro de 2004, 12h41

Técnica por sistema solar reduz custos com irrigação


Ampliar a produção irrigada no Estado é uma determinação do governador Blairo Maggi, o que fez com que a Seder buscasse alternativas economicamente viáveis. O sistema de irrigação acionado por energia solar, atendendo a solicitação do secretário-adjunto de Agricultura Familiar, Jilson da Silva, foi então instalado em uma propriedade no bairro Pedra 90, em caráter experimental, em maio deste ano. Escolhemos uma área próxima para que o sistema fosse visto como exemplo futuro para a agricultura familiar, apontou o secretário-adjunto. Jilson considera que o sistema é uma grande alternativa para a Baixada Cuiabana, pois 70% do abastecimento de hortifruti da região vêm de fora do Estado. Portanto, há potencial no mercado para absorver a produção irrigada.


Na propriedade da dona Maria Rosa de Araújo, no bairro Pedra 90, os primeiros resultados da energia solar são visíveis. Em 2 hectares (ha), a produção de hortaliças no sistema irrigado, que antes representava um consumo de R$ 500,00 só de energia elétrica, hoje não passa de R$ 50,00. A economia para o produtor como o uso da energia renovável é de R$ 450,00. O produtor também comercializa o que planta nas feiras mais próximas e tem uma renda que giram em torno de R$ 1,5 mi por semana.


Se o agricultor familiar tiver uma renda de R$ 5 mil por mês, em menos de três anos ele poderá pagar o investimento no sistema de energia solar, disse Jilson. O custo de implantação de todo o sistema (solar e de irrigação) é de US$ 12 mil ou cerca de R$ 36 mil, segundo o proprietário da Village Ambiental, Roberto Emílio Lopes. A empresa, instalada em Várzea Grande, é responsável por experiências positivas de produção de milho verde no assentamento Coqueiral Quebó, em Nobres, a 133 km de Cuiabá, onde financiou a instalação do sistema para os produtores.


BONS FRUTOS - A semente da proposta de geração de renda com o uso de energia solar fotovoltaica, para acionamento de sistema de irrigação (nome técnico do projeto), que a Seder pretende implantar, foi plantada, em 97, em uma propriedade no município de Nobres, que hoje, é totalmente abastecida por energia solar. O projeto Coqueiral Quebó, teve início em agosto do ano passado, em outras seis propriedades rurais. Foram instalados oito sistemas de irrigação. Cada propriedade tem a garantia de mil watts de energia/hora. Em um dia a produção de energia chega a seis mil watts, segundo Roberto Lopes.


O sistema solar tem 40 anos de vida útil e 25 anos de garantia do fabricante em relação à perda de mais de 20% do potencial de captação. No projeto Coqueiral, são bombeadas 70 mil litros de água por dia suficientes para irrigar 2,5 ha/dia de área plantada de milho verde ou 5 hectares de feijão por ha/dia. Cada proprietário no assentamento produz 16 toneladas de milho verde por semana o que garante uma renda de cerca de R$ 1,4 mil por semana. Os agricultores, por enquanto, ainda utilizam 80% do que ganham para pagar o financiamento do sistema, mesmo assim, ainda sobra R$ 300, 00 como renda bruta, calcula o empresário que alocou recursos para financiar as famílias do assentamento em duas empresas internacionais, a E +CO Energy Through Enterprise e a SDG- Solar Developement Group. Ao todo, foram US$ 110 mil, para pagamento em 27 meses, com um ano de carência, e juros de 12% ao ano.


A empresa também identificou o mercado in potencial para a produção de milho verde do Coqueiral Quebó: 280 lanchonetes e pizzarias e 18 pamonharias da grande Cuiabá cuja demanda é de 12 toneladas de milho/dia. A oferta local não é suficiente e o estado de Goiás complementa o abastecimento do produto. O projeto Coqueiral Quebó pelo uso de energia renovável, sustentável, de geração de emprego e renda e envolvimento de toda a cadeia produtiva está concorrendo a prêmios internacionais: Prêmio Hélios da América Latina, da BP Solar e o 9º Prêmio Ford.


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