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Educação
Domingo, 10 de março de 2019, 10h32

Mulheres desempenham papel de destaque na educação brasileira


Dorina de Gouvêa Nowill (1919-2009) perdeu a visão aos 17 anos. Mais de 70 anos de convivência com a cegueira, no entanto, não serviram de obstáculo para o protagonismo da professora na educação brasileira. Primeira aluna cega a frequentar um curso regular na Escola Normal Caetano de Campos, no centro de São Paulo, posteriormente Dorina se especializou em educação de cegos na Universidade de Columbia, em Nova York. Em 1946, criou a Fundação para o Livro do Cego no Brasil e, em 1948, fundou a primeira imprensa braile em grande escala do país.

No Ministério da Educação, Dorina atuou por mais de uma década. De 1961 a 1973, dirigiu a Campanha Nacional de Educação de Cegos – época em que foram criados os serviços de educação de cegos em todo o território nacional. Dorina se destacou, ainda, na luta pela abertura de vagas para pessoas com deficiência visual no mercado de trabalho.

Débora Seabra é outro destaque da educação brasileira. Formada em magistério na Escola Estadual Professor Luis Antônio, em Natal, foi a primeira professora com Síndrome de Down do Brasil. Desde 2004, trabalha como professora assistente em turmas de educação infantil e primeiro ano do ensino fundamental e hoje, além das aulas, dá palestras em vários países e já lançou um livro de fábulas infantis. Quando ela nasceu, em 1981, pouco se sabia no Brasil sobre a trissomia do cromossomo 21, ou Síndrome de Down. Mesmo assim, seus pais sempre fizeram questão de que ela estudasse em instituições de ensino regular.

Sustentabilidade - Um trabalho que transforma diretamente a vida de 600 jovens e crianças deu notoriedade a outra mulher educadora. O projeto de Débora Garofalo, de 39 anos, que atua na Escola Municipal Almirante Ary Parreiras, na periferia de São Paulo, vem mudando até mesmo a relação dos estudantes com a comunidade em que vivem.

Atenta e motivada a encontrar algo que pudesse melhorar a vida dos estudantes, Débora apostou no ensino da programação, aliado a atividades sustentáveis. Daí nasceu o projeto Robótica com Sucata, cujo objetivo é envolver as crianças em ações de pertencimento por meio do uso da tecnologia para alavancar a aprendizagem. A iniciativa de Débora Garofalo ganhou, no ano passado, o Prêmio Professores do Brasil, do MEC, e agora é finalista do Global Teacher Prize – prêmio internacional considerado o nobel da educação.

Outras mulheres que exercem papel fundamental nas escolas brasileiras são as merendeiras. Dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), indicam que mais de 100 mil delas trabalham em160 mil escolas e são diretamente responsáveis pela preparação das refeições de 45 milhões de estudantes em todo o país.

Para valorizar o trabalho das merendeiras, a TV Escola promoveu, em 2018, o reality show Super Merendeiras. A ganhadora foi a merendeira Dejanira de Souza da Escola Municipal Nossa Senhora Das Candeias da Ilha da Maré, Bahia. A receita campeã foi abará de carne moída com aipim.

Pesquisas comprovam que, no ambiente escolar, mulheres são maioria. Segundo o Censo Escolar 2018, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no Brasil são mais de 1,7 milhão de professoras. Dados mais recentes do Censo da Educação Superior, referentes a 2017, também mostram a predominância das mulheres na educação superior. Elas são 55% dos estudantes ingressantes, 57% dos matriculados e 61% dos concluintes dos cursos de graduação. Na licenciatura, por exemplo, 70,6% das matrículas são do sexo feminino.

 




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