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Educação
Quinta, 28 de janeiro de 2021, 04h31

Pesquisa liderada pela UFU inibe ação da chikungunya


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O vírus causador da chikungunya perdeu a capacidade de infectar, em 91%, ao ter contato com substância desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Em alguns momentos do teste, a redução da atividade chegou a 100%. A experiência ainda apontou que isso ocorre sem toxicidade para as células. O estudo foi publicado na revista científica internacional e de acesso aberto Frontiers.

A proposta era identificar o potencial terapêutico do RcP, um tipo de composto organometálico, resultado da ligação entre uma molécula orgânica (no caso do estudo, alfa-felandreno) e um metal (sal de rutênio). Os testes foram in vitro, ou seja, em laboratório, sem animais ou humanos. Nessa fase, o índice terapêutico ficou acima de 40, quantidade considerada elevada.

“Queremos melhorar a qualidade de vida da população afetada pela chikungunya. Ensaios in vivo integram o planejamento de atividades futuras para validar a ação antiviral do complexo RcP”, conta Ana Carolina Jardim, pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da UFU e coordenadora do projeto. “Nossa equipe também vem investigando a potencial ação in vitro desse complexo contra outros arbovírus, como os causadores da febre Mayaro, da zika e da febre amarela”, continua.

Além da UFU, a equipe do projeto engloba pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade Ceres (Faceres), Universidade de Tartu (Estônia) e Universidade de Leeds (Inglaterra).

Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Daniel Martins é pesquisador da Unesp. Aluno de Ana Carolina, ele realiza a maior parte das atividades em laboratório na UFU. No projeto, atuou na busca e teste de compostos, para ver a atividade viral. Com o artigo publicado, ele já diz qual o próximo passo a ser dado. “Estamos investindo para que esse composto venha a ser um fármaco para combater a chikungunya”, afirma.

A chikungunya é causada por um arbovírus, ou seja, é transmitida por mosquitos. Chega aos humanos pela picada da fêmea de Aedes aegypti, mesmo agente da dengue e da zika. A doença tem baixa letalidade — em 2020, o Brasil teve mais de 70 mil casos e 17 mortes —, mas se torna crônica em 43% dos infectados, podendo durar anos. Os principais sintomas são febre, dores intensas nas juntas, pele e olhos avermelhados, dores pelo corpo e de cabeça, náuseas e vômitos.  




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