Professor do IFMT está entre os selecionados no Brasil para fazer capacitação na Finlândia

O professor do Campus Confresa é o único do IFMT a ser selecionado no programa de capacitação na Finlândia

O professor mestre, Bruno Pereira Garcês, do IFMT – Campus Confresa é um dos 35 professores brasileiros, representantes de 25 institutos federais de educação, ciência e tecnologia, selecionados na chamada pública para capacitação em universidades de ciências aplicadas na Finlândia. A proposta do professor do Campus Confresa "Encapsulamento de substâncias bioativas em lipossomas unilamelares para o desenvolvimento de produtos nanotecnológicos" foi selecionada. O mesmo trabalho foi apresentado como um dos produtos inovadores da III Feira de Inovação Tecnologia, um dos eventos satélites do III Workif – Worshop de Ensino, Pesquisa e Extensão do IFMT realizado no período de 29 a 31 de outubro, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá (MT).

A chamada é uma iniciativa do Programa Professores para o Futuro da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), do Ministério da Educação e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) que visam contribuir significativamente com o desenvolvimento científico e tecnológico do país.

O projeto selecionado é uma pesquisa aplicada, extensionista como é chamado na Finlândia, com cremes de tratamento. O projeto foi realizado com apoio da Pró Reitoria de Pesquisa (PROPES) do IFMT, sendo um dos produtos apresentados na Feira de Inovação Tecnológica que integrou o III Workif. O desafio agora é utilizar os cremes na economia solidária, conseguindo fazê-los gerar renda para pessoas da zona urbana. "Com o sistema finlandês a gente vai aprender como conseguir inserir essa aplicação de desenvolvimento do creme e até o trabalho de articulação no mercado para levá-los para a economia solidária", disse o professor.
Bruno declarou que ficou muito feliz em poder conhecer o sistema educacional finlandês, considerado o melhor do mundo e uma nova cultura europeia, "estarei dentro de um centro de pesquisa aplicada voltada para ao ensino técnico, então acho que terei vantagens muito grandes nesse período".

O Reitor Substituto do IFMT, Ghilson Ramalho Correa, disse que diante do processo de expansão da Rede Federal no estado de Mato Grosso é importante que o corpo docente participe de programas de intercâmbio que visem a troca de informações do conhecimento científico e tecnológico. "A Reitoria parabeniza o professor Bruno Pereira Garcês pela iniciativa e o mérito por ter ser sido selecionado no Programa Professores do Futuro com a pesquisa para o desenvolvimento de um produto nanotecnológico", disse Ghilson Ramalho.

Também parabenizou o professor do Campus Confresa, o Pró-reitor Substituto de Pesquisa e Inovação, Xisto Rodrigues de Souza, destacando que o grupo selecionado é muito seleto. "Existem muitos Institutos Federais que vem atuando há mais tempo no desenvolvimento de produtos inovadores e na interação da pesquisa junto com a empresa. Nesse caso, é uma grata satisfação ter um dos nossos professores selecionados nesse programa, considerando que o trabalho do IFMT ainda é embrionário na atuação entre pesquisa x empresa", disse Xisto de Souza.

Os professores selecionados passarão por um período de cinco meses de capacitação profissional nas universidades finlandesas de ciências aplicadas Hamk, Haaga-Helia e Tamk. O cronograma prevê que o professor deve estar na Finlândia até dois de fevereiro, o retorno está previsto para 26 de junho de 2015. Após esse período, haverá mais sete meses de aplicação prática dos conhecimentos captados.

"Acho que pode ser muito aprendizado útil também para trazer aos colegas do Instituto, tanto é que o nome do programa é Professores para o Futuro, ou seja, é para realmente tentar trazer a educação dos Institutos próxima a uma educação europeia, o principal é aplicar essa metodologia baseada em projetos aqui" diz Bruno.

O professor falou também sobre outros incentivos a qualificação que levam profissionais para fora do país: "Acredito que todos que querem se capacitar, tem uma oportunidade, não só em mestrado, doutorado, ou especialização, que trazem retribuição financeira, e que nem sempre traz tanto benefício quando um curso destes, que às vezes pode ser até mais interessante, como também temos doutorado e mestrado profissional pelo programa Ciência sem fronteiras, que nos inserem numa cultura diferente e são extremamente importantes pra gente trazer experiências pra cá".

O financiamento das propostas selecionadas ocorrerá com a concessão de bolsas de desenvolvimento tecnológico e inovação no exterior júnior — uma bolsa por projeto pelo período de cinco meses. As propostas aprovadas receberão também recursos de 9,6 mil euros [R$ 30,6 mil em cotação de sexta-feira, 5] para despesas com taxas escolares. Outras despesas serão de responsabilidade do autor ou da instituição de execução do projeto, como contrapartida.

A expectativa do professor Bruno fica não só na parte educacional, apesar de declarar que seu principal objetivo é saber por que o sistema de educação finlandês dá tão certo, ele também diz que esta será sua primeira viagem para fora do Brasil: "é uma expectativa com tudo, porque é outra cultura, outra língua e mesmo que eu tenha proficiência e na universidade posso usar o inglês, as pessoas usam o idioma finlandês ou sueco, além das outras curiosidades como, por exemplo, eles comem carne de rena, é tudo muito diferente".

Bruno fez questão de agradecer a Direção Geral do Campus Confresa e a PROPES pelo apoio recebido desde a submissão do projeto ao CNPq.

Telma Aguiar/Campus Confresa/IFMT com informações da Assessoria de Imprensa do Núcleo Estruturante da Política de Inovação da Setec