Assistência Social de Nova Ubiratã organiza caminhada para o Dia da Mulher

No Dia Internacional da Mulher, a população de Nova Ubiratã participará de uma passeata no centro da cidade para cobrar a igualdade entre os gêneros e exigir o fim da violência doméstica.
A secretária de Assistência Social do município, Fernanda Rossetto, informa que a saída será às 16 horas da Prefeitura até a Praça da Fé, onde haverá pitstop com entrega de panfletos e adesivos.

“O objetivo é chamar a atenção da sociedade e dos governantes contra qualquer tipo de agressão doméstica”, comenta Fernanda. “Estatísticas comprovam que quando uma mulher chega a denunciar o agressor é porque ela está no limite, já sofreu muito”, acrescenta.

Estudos comprovam que muitos homens agridem pelo fato de estarem sob efeito de álcool ou drogas. O fato constatado, entretanto, é esses homens carregam desde a infância a violência dentro de si.

“A passeata foi uma maneira que encontramos para alertar e sensibilizar a sociedade sobre a gravidade do problema”, destaca a secretária. “Queremos mudar essa cultura de violência doméstica que ainda insiste em permanecer em alguns lares”, enfatiza.

A caminhada de Nova Ubiratã integra a campanha Março Sempre Mulher, lançada na quinta-feira (1/3) em Cuiabá e coordenada pela Superintendência Estadual de Políticas para Mulheres de Mato Grosso (Secretaria de Justiça e Direitos Humanos), Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, em parceria com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, Ministério Público, OAB, Defensoria Pública e a Associação das Primeiras Damas dos Municípios de Mato Grosso.

Também na quinta-feira ocorreu o lançamento da campanha Mato Grosso pelo fim da violência contra a mulher, da Assembleia Legislativa.

VIOLÊNCIA

Mato Grosso é considerado o estado brasileiro com maior aplicabilidade da Lei Maria da Penha. Embora o número de denúncias tenha aumentado, a violência não diminuiu no Brasil.

O mapa da violência de 2011 do Ministério da Justiça aponta aumento nos homicídios de mulheres no Brasil, passando de 3.503 em 1998, para 4.023 em 2008. Nesse período, foram mortas 41.968 mulheres no país.