Cuiabá | MT 27/04/2024
Vilson Nery e Antonio Cavalcante Filho
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Quinta, 28 de julho de 2011, 11h35

Precisa-se de mais políticos? (ou "dividindo a miséria")

Nós estamos vivendo alguns fenômenos bastante interessantes e – ainda que distintos – se interligam, porque atingem a mesma esfera de relações sociais, políticas e econômicas.

A Europa está reunindo antigos inimigos em torno da Comunidade Econômica Européia (CEE), uma organização internacional criada pelo Tratado de Roma (1.957), com a finalidade de estabelecer um mercado comum europeu. Os Estados (países) signatários (na ‘inauguração’ da UE) foram a França, Itália, Alemanha Ocidental (à época dividida), Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo. O tratado estabelecia um mercado e impostos alfandegários externos comuns, uma política conjunta para a agricultura, para o movimento de mão de obra e transportes.

Pois bem.

Recentemente uma cidade do interior do Brasil resolveu criar mais cargos de vereador e o povo reagiu, saindo as ruas aos protestos, dizendo que ‘são necessários mais médicos, engenheiros, mais professores e menos políticos!’. Pena que os políticos não pensem assim; estão em dissonância com o que pensa o patrão (o povo, art. 1º par. único CF/88).

No vizinho Estado Pará há um movimento para dividir o Estado em três. Haverão três Ana Julia Carepa (PT) três Jader barbalho (PMDB) e três Mario Couto (PSDB). Alguém merece? Ah! E três tribunais de justiça, três tribunais de contas, etc. e tal.

Em Mato Grosso há um movimento para criar mais municípios (mais prefeitos, mais vereadores, mais secretários, mais cargos em comissão/confiança), até já existe uma associação (para este fim). A idéia é dividir os municípios de Paranatinga (onde vicejam casos de corrupção), Alto Paraguai (é um ‘entra e sai de prefeito’, uns foram indiciados pela Polícia Federal), Colniza (o mais violento do país), Ribeirão Cascalheira (um ‘entra e sai’ de prefeito) e Porto Esperidião.

O que existe em comum nesses municípios, além dos problemas administrativos e da guerra entre os políticos locais, é que ali são registrados baixos índices de IDH (índice de desenvolvimento humano).

Então, criando mais municípios. Estamos dividindo a miséria.

Há bem pouco tempo, no processo de criação de municípios no interior de Mato Grosso, os documentos encaminhados ao Tribunal Regional Eleitoral (para realizar o plebiscito) foram fraudados. Explica-se: as fotografias, a população e os dados do município ‘A’ (a emancipar) eram do município ‘B’ (emancipado). E tudo isso ocorreu sob o ‘atento’ olhar do promotor de justiça local.

Se criarmos mais municípios, isso (fraudes) não se repetirá? Precisamos de mais prefeitos e vereadores (e os cargos comissionados) ou de engenheiros, médicos e professores? 

Vilson Nery e Antonio Cavalcante Filho são militantes do MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral) Comitê de Mato Grosso.
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